Assisti ao primeiro episódio da série live action de Ryu ga Gotoku (ou Like a Dragon) na Amazon Prime. Nunca joguei nenhum dos games da franquia, mas conheço alguns personagens e a vibe dos jogos graças a vídeos e comentários de fãs. Sempre vi o protagonista, Kiryu Kazuma, como um cara durão, mas sei que a série também tem um lado cômico com várias side quests malucas. Isso sempre me chamou atenção: os jogos permitem várias formas de se divertir.
No live action, a história começa com um grupo de jovens planejando roubar um game center. Eles conseguem, mas no dia seguinte, carros de luxo e homens com trajes formais (claramente da Yakuza) aparecem no orfanato onde eles moram. Descobrimos que o local roubado era um dos esquemas de lavagem de dinheiro da máfia no bairro de Kamuro-cho. Entre esses jovens estão Kiryu Kazuma e Nishikiyama Akira.
A Yakuza leva os jovens até o casarão do chefão, que decide o que fazer para recuperar o dinheiro perdido. O chefe sugere punições extremas, mas Kiryu assume a responsabilidade pelo roubo para proteger seus amigos. Ele propõe entrar para a máfia e diz que o roubo foi uma forma de “chamar a atenção” para realizar seu objetivo: se tornar o “Dragão do Clã Dojima“. Essa fala gerou polêmica entre os fãs, já que no jogo original, Kiryu nunca teria essa ambição declarada.
Para provar seu valor, Kiryu se oferece para lutar no clube da luta clandestino da máfia. Enquanto isso, seus amigos recebem outras “tarefas” como castigo, e Nishikiyama, que parecia ser descartável, consegue uma chance de entrar para o clã.
O episódio cobre um período de 10 anos. Em certo ponto, vemos Kiryu preso, cumprindo uma sentença de uma década após ser acusado de matar o líder do clã. Nesse tempo, Nishikiyama se torna um membro importante da Yakuza. O episódio termina com Kiryu saindo da prisão. Um investigador com quem Kiryu tem uma conexão o alerta que algumas pessoas o estão esperando do lado de fora – muitos acreditam que ele matou o chefão e estão prontos para ajustar contas.
Quanto às lutas, confesso que esperava mais, já que o ator Takeuchi Ryoma, que interpreta Kiryu, tem experiência como protagonista em uma série Kamen Rider. Achei o personagem do Nishikiyama, interpretado por Kaku Kento, mais intrigante. Ele parece ser calculista e misterioso, o que me deixou curioso sobre o desenvolvimento dele na série.
No geral, visualmente Kiryu está bem distante do que conhecemos nos jogos e, por enquanto, não me convenceu muito como protagonista. Por outro lado, os antagonistas têm um estilo bem marcante, lembrando os bons filmes de Yakuza, o que é um ponto positivo. Vou continuar assistindo, especialmente para ver como os vilões e o próprio Nishikiyama se desenvolvem.
Essas são só as primeiras impressões; vamos ver como a série evolui nos próximos episódios!
P.S.: Minha esposa, que é super fã da série dos jogos, disse que “tá tudo errado!” (risadas) Para quem conhece os jogos a fundo, é difícil aceitar algumas mudanças. Talvez o segredo seja assistir essa adaptação como uma “versão inspirada” nos jogos, com menos expectativas de fidelidade.
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